
carregou a bandeira brasileira na cerimônia de encerramento (Foto: Divulgação COB)
Que experiência maravilhosa foi assistir os Jogos Olímpicos edição 2020 e poder observar, além do espetáculo esportivo, a bela cultura de um país onde a palavra cortesia está impregnada na vida e na alma de seu povo. Vimos no Japão um evento organizado com uma eficiência e competência organizacional indescritível por um povo cuja arma secreta é a gentileza.
O que dizer da participação brasileira? Nos jogos do Rio 2016, ganhamos 19 medalhas. Mérito dos nossos atletas. Louvemos nossos competidores que durante a pandemia investiram seu esforço e dedicação para chegar no Japão em condições de competir com atletas de países altamente competitivos e trazer 21 medalhas: sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. Quanta emoção ver a bandeira brasileira subindo no lugar mais alto do pódio e ver nossos atletas em pranto ouvindo a apresentação do Hino Nacional Brasileiro. Parabenizamos todos nossos atletas medalhistas de ouro, prata, bronze e também aqueles que ficaram na 4ª colocação. Parabéns para os nossos competidores do Voleibol Masculino que por dois pontos ficaram fora do pódio. Congratulações à Arthur Zanetti que foi medalhista nas edições anteriores e por ter tentado fazer algo diferente na saída das argolas caiu e ficou em último lugar. Outro atleta espetacular foi Darlan Romani da modalidade Arremesso de Peso, temos muito orgulho de sua 4ªcolocação. O esporte não se caracteriza somente por vitórias, mas sim pela participação. O espírito olímpico nos dá uma aula sobre valores e integração. Quanta emoção ver uma menina de 13 anos, Rayssa Leal de Imperatriz do Maranhão, ganhar uma medalha de prata e nos mostrar que mulheres também podem ser skatistas. Foi emocionante ver as lágrimas de Mayra Aguiar de Porto Alegre, ganhando pela 3a vez consecutiva uma medalha Olímpica no judô feminino até 78kg. O que vimos na chegada do canoísta Izaquias Queiroz dos Santos de Ubaitaba/BA no deck depois de percorrer 1000m foi de arrepiar, uma explosão de músculos, força, coragem e determinação.
Na cerimônia de premiação, o medalhista de ouro baiano dedicou sua medalha aos familiares, treinador, amigos e às vítimas da covid19. Nas quadras de tênis, vimos um show de garra das paulistanas Laura Pigossi e Luisa Stefani que demostraram que a determinação deve resistir até o último ponto. Suas adversárias russas, Veronika Kudermetova e Elena Vesnina, tiveram 3 match points, venceram 1º set 6×4, nossas medalhistas de bronze venceram o 2º set 3x6e estavam perdendo o tiebreak de 9x7para as russas e as tenistas brasileiras viraram o jogo e venceram o match tiebreak por 9×11. Virada espetacular! Primeira medalha olímpica para o tênis do Brasil. O esporte é qualidade de vida. Viva o azeite de dendê da Bahia que nos abençoou trazendo para a Boa Terra 3 medalhas de ouro e 2 de prata.
Parabéns também ao fotógrafo do COB Jonne Roriz que preparou as lentes de sua câmera e conseguiu fotografar um peixe ao lado da nadadora medalhista de ouro soteropolitana, Ana Marcela Cunha, justamente quando ela estava chegando no final da prova. Show de fotografia.
Por fim, com muito orgulho de ser brasileira, peço mais investimentos governamentais e da iniciativa privada para os nossosatletas por que apoiar nosso esporte certamente dará resultado.
Adeus às terras nipônicas, good bye Monte Fuji e que venha a Torre Eiffel em 2024.
Agda Correia Silva
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